quinta-feira, 16 de abril de 2009

INFORME CCZ

Estamos retransmitindo o informe dos Srs. Márcio José Sérgio Ermida (Orientador Pedagógico – PMCD) e André Luis Rossetto (Encarregado de Equipe – PMCD), ambos do Centro de Controle de Zoonoses:
DENGUE: DADOS IMPORTANTES
“Como é de conhecimento de todos, nosso município apresenta casos de dengue desde 1995, porém, em 2007 ocorreu a maior epidemia de nossa história com cerca de 5700 casos confirmados, sendo 04 na forma mais grave (hemorrágica) e outras dezenas com complicações no quadro clínico. Este fato ocorreu não só em Piracicaba, mas em todo estado de São Paulo que registrou 62 casos de FHD e o Brasil com 1541.
Quais os riscos que nós corremos? Como a dengue é uma doença que ataca células sanguíneas, o indivíduo após a infecção fica mais vulnerável à infecção por outro sorotipo, podendo neste caso, ter um agravamento em seu quadro clínico e evoluir até para óbito, caso atendimento médico não seja realizado rápido e corretamente. Alguns indivíduos podem apresentar manifestações hemorrágicas já em sua primeira infecção, isto varia de indivíduo para indivíduo.
Nossa cidade tem se mostrado muito receptivo ao vetor da Dengue e da Febre Amarela Urbana, o mosquito Aedes aegypti, pois se encontra em média 1,5 criadouros potenciais do mosquito por residência, segundo os dados de pesquisa realizada semestralmente pela equipe de Combate a Dengue do Centro de Controle de Zoonoses.
Se hoje estamos numa situação silenciosa, devemos há um trabalho incessante dos profissionais de saúde, educação e da população que vestiu a camisa do combate ao mosquito e tem seguido as orientações dos agentes e da mídia em geral, mas ainda estamos longe do ideal, pois a infestação pelo vetor ainda é muito alta em Piracicaba e a seguir apresentaremos um ranking dos bairros considerados mais importantes para o combate a dengue, onde realizamos uma pesquisa para determinar o grau de infestação pelo Aedes aegypti.

BAIRRO
ÍNDICE DE BRETEAU
(criadouros com larvas em 100 imóveis)
Vila Monteiro: 33,3
Cidade Alta: 9,1
Jd. Planalto e Cantagalo: 16,4
Piracicamirim: 9,0
São Jorge: 16,4
Santa Terezinha: 8,0
Novo Horizonte: 15,5
Vila Industrial e M. Dedini: 8,0
São Judas: 12,9
Bosques do Lenheiro: 6,7
V. Independência: 12,5
Paulista: 6,3
Morumbi: 11,5
São Francisco: 6,1
Paulicéia: 10,9
Vila Rezende: 5,4
Nhô Quim: 9,8
Campestre: 5,2
Pompéia: 9,6
Vila Sônia: 4,6
Dois Córregos: 4,4
Jaraguá: 2,1
Nova América: 3,9
Parque Piracicaba (Balbo): 1,8
Santa Rosa: 3,5
Castelinho: 1,8
Caxambu: 3,3
Centro: 1,5
São Dimas: 3,1
Água Branca: 1,4
Higienópolis: 2,3


OBSERVAÇÃO: Bairros que apresentaram valores iguais a zero: Algodoal, Monte Líbano, Cecap, Jardim Itapuã, Vila Cristina, Jardim Monumento.
Segundo a OMS, para evitar os riscos da transmissão de dengue o valor do Índice de Breteau deve ser no máximo igual a 1;
Valores de 1 a 5 correspondem a chances de ocorrerem casos da doença;
Valores acima de 5 indicam risco iminente de epidemia.

Podemos estar numa situação confortável quanto à ocorrência de casos de dengue, porém, não devemos nos descuidar nunca, pois todos os bairros da cidade se mantém infestados, até mesmo nas estações mais frias.”